Apesar da greve nas escolas estaduais, o colégio Dom Antônio Reis, que é da rede, tenta resolver um problema: reerguer o muro da instituição, que caiu durante uma tempestade no dia 12 de agosto. A diretora da escola, Eliza Marques Sccott, comenta que a 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e a 8ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas foram informadas da situação logo que a estrutura desabou.
Contudo, a primeira sugestão que o Estado deu à diretora é que seja usada verba da autonomia do colégio para a reconstrução do muro. Para Eliza esta não é uma solução possível, pois, se a escola usar recursos da autonomia, ficará impossibilitada de pagar contas de gás e material de expediente.
SEGURANÇA
Há mais de um mês sem o muro, a diretora conta que animais, como cavalos e cães, entram no pátio livremente. Ontem, quando a equipe de reportagem esteve no local, dois cavalos pastavam no pátio, com tranquilidae.
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Desde o dia 5 de setembro, data em que foi deflagrada a greve da rede estadual, escola tem apenas uma turma de 2º ano do Ensino Fundamental com aulas, os demais professores aderiram ao movimento. Ainda assim, os alunos que estão frequentando a escola não têm recreio, já que a diretora tem medo que um cavalo ou cachorro possa atacar as crianças.
Eliza lembra que em uma oportunidade, um cavalo entrou correndo com velocidade pelos fundos do colégio, atravessou todo o pátio e saiu pelo portão da frente. Na ocasião, as crianças estavam em sala de aula e ninguém se machucou. Foi quando tomou a decisão, ainda antes da greve, de suspender o horário do intervalo das aulas.
Além disso, a diretora comenta que já encontrou pessoas estranhas nas dependências do colégio, que teriam entrado pela abertura do muro.
– Mesmo antes do muro cair, às vezes encontrávamos buracos na parede, que algumas pessoas faziam para entrar na escola. Agora, que o muro está no chão, a passagem para eles está livre – diz.
ESTADO
O coordenador da 8ª CRE, José Luis Eggres, diz que poucos dias após a queda do muro, o pedido de recurso emergencial foi aberto na 8ª CROP, que encaminha a solicitação para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e para a Secretaria Estadual de Planejamento.
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Sobre a sugestão de usar a autonomia do colégio, Eggres comenta que foi realmente feita, mas depois que a diretora comentou que não seria possível, o coordenador sugeriu que a escola, ao menos, comprasse tapumes de madeira para fechar o muro provisoriamente.
Eggres afirma que a resolução deve sair logo, mas não quis dar uma data para a conclusão do caso, porque "não depende" dele avaliar o pedido. Ele diz entender os temores da direção, mas pede paciência à comunidade escolar do colégio Dom Antônio Reis.
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Na sexta-feira da semana passada, a diretora da escola, foi chamada por moradores dos arredores do colégio que ouviram ruídos de vidro quebrando nas dependências da instituição. Eliza conta que chegou às 16h na escola e averiguou que 6 lâmpadas, uma câmera de segurança e vidros de 5 salas de de aula foram quebrados a pedradas.
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Ao verificar as outras câmeras de segurança, a diretora identificou que foram três alunos do colégio que causaram os estragos. Ela acredita que eles entraram pela parte que está sem o muro. Segundo as filmagens, os garotos entraram no pátio por volta das 13h30min do dia 8 de setembro e ficaram até 15h50min. A diretora chamou uma viatura da polícia e registrou um Boletim de Ocorrência.
Ontem, o Conselho Escolar se reuniu para definir as providências que vão tomar em relação aos três alunos. Os pais destes estudantes serão chamados para uma reunião, que deve ocorrer na semana que vem.